Santo Ambrósio, o grande bispo de Milão - 7 de dezembro
Ambrósio, filho de nobres romanos, nasceu em Tréveris, Alemanha, em 340, quando seu pai era governador das Gálias. Recebeu tradicional educação romana, rica em valores morais e cívicos, pelo amor à justiça, retidão, probidade, doação às causas públicas. Aos 35 anos, catecúmeno (na época, o batismo era adiado até a idade adulta) e governador romano com sede em Milão, foi à igreja onde se deveria eleger um novo bispo, para manter a ordem pública: havia uma divergência entre os fiéis católicos e os hereges arianos.
Foi surpreendido com a sua aclamação a bispo, pelo clero e pelos fiéis, por conta das suas elevadas qualidades. Foi então batizado, ordenado sacerdote e sagrado bispo, apesar de seus protestos, mas reconhecendo naquela aclamação a vontade de Deus.
Grande organizador e administrador como alto funcionário do Império, fez o mesmo no episcopado, destacando-se no campo pastoral, doutrinal, litúrgico, político; extirpou definitivamente os restos de paganismo no Senado romano, que ainda cultuava a “deusa vitória”; impôs ao imperador Teodósio, como a qualquer outro fiel, penitência pública por tolerar abusos dos seus legionários que devastaram a cidade de Tessalônica.
Seus escritos, em latim clássico e elegante, atraíam pela forma e pelo conteúdo, e assim um jovem professor de retórica, Agostinho, chegou à conversão… escreveu textos ascéticos, tratados sobre os deveres do clero e dos fiéis, e quatro obras sobre a virgindade, virtude ignorada pela moral romana. Também poemas, alguns ainda constantes do breviário litúrgico. Por tudo isso, é considerado Doutor da Igreja. Porém, mais do que pregar, vivia a sua fé: jejuava todos os dias, exceto aos domingos, e distribuiu seu grande patrimônio aos pobres e obras de caridade. Faleceu em 4 de abril de 394, aos 60 anos.